domingo, 21 de dezembro de 2008

mente assassina

"Numa manhã comum, de céu entre-aberto, onde até o clima é misterioso. Levantei-me e como de costume, para relaxar, uma ducha. Momento de relaxamento é sagrado, portanto tudo claro ao redor do chuveiro. Qualquer coisa chamaria atenção, mesmo um pontinho preto na cortina de box branca! Ele estava lá, o bendito pontinho. Cheguei bem perto e naquele momento lembrei-me do desejo estranho de minha mãe, de possuir uma lupa. Seria bem útil, mesmo. O pontinho preto se mexia! Andava devagar de um lado para o outro naquele espaço de um milímetro que ele percorria até encontrar uma gota d'água. Sem lupa e já com certa deficiência visual, eu cheguei mais perto e percebi que ele tinha uma pequena cauda, com um pequeno ferrão na ponta. E se aquele bicho crescesse dentro do meu banheiro? Imediatamente dei um jato de água para matá-lo. Coisa mais estranha. O minúsculo bicho, menor do que uma pulga, nem se mexeu. Cheguei ainda mais perto, parecia agora que ele tinha três cabeças. Elas se separavam e se uniam, na tentativa, imagino eu, de tentar respirar depois da enxurrada. Uma hidra negra surgiu na minha casa! Um inseticida deveria resolver, portanto, meu problema. Dois jatos na hidra, e ela continuou imóvel. De áspero papel à lixa de uma esponja, nada tirou o bicho de lá.
Fóssil de filhote mutante encontrado grudado em pedaço de plástico branco."

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